primeiro veio a vaidade
dos tons e da perfeição
do superficial e das opiniões alheias
de um vestido numa prateleira
de uma luva que cabe tão bem
depois veio a luxúria
o desejo bruto, descontrolado
as fantasias irreais
depois, os dois juntos
e a precipitação
então, não veio nada mais
só voltou o contrário do que foi
a vaidade virou pó
os tons eram pretos por dentro
a perfeição era pretensão
a superficialidade era profunda
o sorriso era irrigado de lágrimas
o desejo se foi
aí veio o amor
quando tudo parecia que não ia dar certo
quando a luva não chegou ao pulso
veio o amor
e tudo consertou
Quando eu era criança
Falava como criança
Pensava como criança
Raciocionava como criança.
Desde que conheci o amor
Eliminei as coisas de criança
e agora eu a amo.
me fudi.